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Letras de músicas - letra de música - letra da música - letras e cifras - letras traduzidas - letra traduzida - lyrics - paroles - lyric - canciones - A SEMELHANçA DO SACO PRO PAPO - POETA J SOUSA - música e letra

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A Semelhança do Saco Pro Papo letra


Eu já um cabrão taludo
Inda era meio bunda mole
Já até com barba e tudo
Mas frouxo que só um fole
Tinha um medo de muié
Que parecia um Mané
E parece nem ser verdade
Mas já ficando careca
Eu não usava cueca
Nem quando ia pra cidade

Só depois que eu comecei
Namorar com Benedita
Fui na cidade e comprei
Uns quinze metros de chita
E mandei Dona Rebeca
Transformar tudo em cueca
Não pra mode arrancar toco
É que as vezes o namorado
Precisa andar armado
E a cueca esconde um pouco

Fui num domingo cedinho
Pra casa da namorada
Porém no meio do caminho
Precisei fazer parada
Pra passar um telegrama
Corri pra trás dumas rama
Lá dentro do matagal
E pra cueca num sujar
Eu tive então que tirar
E dipindurar num pau

O serviço terminado
Novamente me vesti
Por não ser acostumado
Da cueca me esqueci
Montei no jegue apressado
Quando de pano rasgado
Um estalo eu escutei
Pensei ou cueca falsa
Mais deixa que foi a calça
Que descoseu palmo e mei

Ai senti um vento gelado
Bem na porta da cozinha
Pensando que se resgado
A cueca era quem tinha
Saí com o Zezinho de fora
E balancei as esporas
Na barriga do jumento
Quando cheguei Benedita
Mais sua mãe Expedita
Mandaram eu entrar pra dentro

Aí'trouxeram por desaforo
Um tamburete enfadado
Desse do texto de couro
O bicho tava enfadado
Só deu tempo eu me sentar
Pros pissuidos passar
No buraco do danado
E eu de perna encruza
Sem tá sabendo de nada
E os troço lá pendurado

Nesse dito tamburete
A velha tinha tratado
Dum galo que de porrete
O velho tinha matado
Aí quando a velha deu fé
Disse pra filha, mulher
Nós lavemos na carreira
Valei-me meu São Gonçalo
Lá está o papo do galo
A pregado na cadeira

Vá conversar com o rapaz
Pra mode ele se enterter
Que eu vou aqui por detrás
Vê o que eu posso fazer
Dei fé chegou Benedita
Com umas conversa bonita
Umas prosas uns arrodeio
Foi quando eu senti patrão
Lá em baixo um repuxão
Que eu fui na Lua e voltei

E velha ficou puxando
Com uma força da mulesta
Benedita conversando
E eu só franzindo a testa
Me danei logo a suar
Com vontade de gritar
De chorar me deu veneta
Benedita me espiando
Conversando tapiando
E eu só fazendo careta

Disse a velha resmungando
No papo não tem nadinha
Aqui eu só tô notando
Uns dois ovos de rolinha
Um galo comendo ovo?
Vou ter que contar pro povo
Aí sacou da peixeira
Foi quando eu dei um pinote
Passei por riba dum pote
Saí em toda carreira

Tá bêbo velha danada
Escapei dessa fedendo
Butei o pé na estrada
Saí comigo dizendo
Enquanto vida tiver
Vou lembrar dessa mulher
Num esqueço numa mais
E pra sentar numa cadeira
Ainda passo a mão atrás

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